Os vulcões dos Açores: uma força da natureza
Os Açores são um testemunho vivo da força da natureza por causa dos seus vulcões. Com paisagens vulcânicas dramáticas, crateras imponentes, campos geotérmicos e nascentes termais, as ilhas revelam a sua origem vulcânica em cada recanto, o que torna os vulcões dos Açores um dos grandes atrativos do arquipélago.
As nove ilhas dos Açores são de origem vulcânica, e emergiram do fundo do mar há milhões de anos, crescendo e moldando-se através de erupções e movimentos tectónicos. Entre os vulcões dos Açores, o mais antigo encontra-se na ilha de Santa Maria, com cerca de 8 milhões de anos, enquanto a ilha mais jovem é a do Pico. Segundo o Instituto de investigação em vulcanologia, existem atualmente 26 sistemas vulcânicos ativos nos Açores, dos quais 8 são submarinos.
Os vulcões nos Açores moldaram cada uma das ilhas açorianas, na sua paisagem e identidade:
• Na ilha Terceira, ergue-se o imponente Vulcão de Santa Bárbara, com a sua dupla caldeira e a Serra de Santa Bárbara, um refúgio de biodiversidade.
• Na Graciosa, a ilha branca, a Furna do Enxofre revela uma gruta vulcânica com uma cúpula perfeita.
• São Miguel é famoso pelas suas Lagoa das Sete Cidades e Lagoa do Fogo, ambas alojadas em crateras vulcânicas.
• O Pico, a ilha montanha, é dominada pelo majestoso Pico, o vulcão mais alto de Portugal.
• A história do Faial está marcada pela erupção do vulcão dos Capelinhos em 1957, que criou uma paisagem lunar.
• As fajãs de São Jorge mostram formações geológicas únicas criadas por deslizamentos de terra e erupções vulcânicas.
• A ilha de Santa Maria é marcada pela presença do Pico Alto, o ponto mais alto da ilha, e pela formação geológica única da Pedreira do Campo.
• Nas ilhas mais pequenas do arquipélago, as Flores convidam a visitar cascatas, lagoas e paisagens esculpidas pela atividade vulcânica, enquanto o Corvo, encontramos o Caldeirão, a cratera do vulcão, já extinto, que formou a ilha.
Os vulcões dos Açores, para além de terem moldados a paisagem, também são uma fonte de riqueza para o arquipélago. As suas terras férteis, enriquecidas pelas cinzas vulcânicas, são ideais para a agricultura, e as suas águas termais são utilizadas para fins medicinais e turísticos.
O Vulcão de Santa Bárbara na Ilha Terceira
O arquipélago dos Açores é um testemunho da força da natureza. Cada ilha é um monumento esculpido por erupções e movimentos tectónicos, e a Ilha Terceira não é exceção. No seu extremo ocidental, ergue-se o imponente Vulcão de Santa Bárbara, um gigante que moldou a paisagem e a história desta ilha que viu nascer a Milhafre dos Açores.
Com uma altitude máxima de 1021 metros, o Vulcão de Santa Bárbara testemunha um passado marcado por eventos geológicos dramáticos. Há cerca de 25.000 anos, um colapso massivo deu origem à primeira caldeira. Milhares de anos depois, um novo colapso ocorreu no interior da caldeira original, formando uma segunda caldeira, mais profunda. Esta caldeira mais recente, com um diâmetro máximo de 2 km, molda a paisagem imponente do vulcão até aos dias de hoje. Um espetáculo inesquecível. As encostas exteriores do vulcão são percorridas por trilhos pedestres que convidam também à exploração da natureza, permitindo-nos observar de perto a flora e fauna únicas da região.
A Terceira tem muito mais para ver ao sabor de um queijo Milhafre dos Açores. Saiba mais sobre o que fazer na Ilha Terceira.